
Bem esse massacre técnico e tático foi a representação do Futebol Total em campo e do personagem ao lado chamado Johan Cruyff. Uma marcação implacável e as 3~4 variações táticas no time de Rinus Michels, confundiu totalmente os uruguaios. As ações técnicas e táticas muito limitadas do time uruguai, lhe rendeu apenas um chute fraco pela linha de fundo, sem perigo algum para Jongbloed. Não podemos dizer com certeza, qual foi o esquema usado por Rinus Michals e bem menos o posicionamento fixo de jogadores, pois a “intensividade” e a qualidade da seleção se baseava em talentos próprios de jogadores “multifuncionais”, podemos dizer que era um time com dois objetivos, atacar e defender a todo custo. Mas como podemos definir essa seleção? Por mais que “questionemos como ela agia” em campo, podemos dizer apenas 30% do que vimos através de vídeo. Cruyff, era implacável, vinha até a defesa e levava a bola ao ataque com uma facilidade de poucos e admistrava a seleção como se fosse seu “filho caçula”. Conseguiu dar calma a defesa e “solidificou” muito bem no meio de campo quando precisava, Neeskens e Hanegem fazendo a sua parte e cobrindo e ajudando no ataque, ainda Suurbier e Haan, que inicialmente são zagueiros mas agiram muito bem no ataque. Rensenbrink apareceu pouco na esquerda, pois Suurbier subia muito da defesa para a ponta direita e Rep automaticamente aparecia no meio como centroavante, que se rendeu os 2 gols da partida. Jansen foi muito bem também, apareceu muito bem no meio, foi infeliz em algumas jogadas que começou a criar,mas se recuperava bem. Ainda devemos ressaltar a qualidade de Krol na esquerda defensiva e Rijsbergen sendo muito útil até mesmo no ataque, pois defensivamente foi impecável.
Ainda que tentemos definir a forma de jogo deste time, não conseguimos com precisão dizer que “este jogador jogou mais aqui”. A defesa teve 3 tipos de variações e o ataque ficou com 4 atacantes em certos momentos da partida. Na imagem abaixo a seguir, um esboço do que aparentou o esquema em certos momentos na partida.
Os números nos esquemas usados pela Holanda seriam:
4 – 3 – 3
4 – 3 – 1 – 2
3 – 4 – 3
3 – 3 – 4 (momento da marcação sobre pressão)
Devemos ressaltar a importancia de uma defesa muito, muito aplicada em suas funções. Conseguiram variar taticamente e não sofreram com isso. Cubilla foi ofuscado por uma marcação sempre presente de Krol e Haan(quando Krol ficava livre).
Ainda devemos ao meio de campo Nederlandes como muito eficiente, conseguia armar jogadas muito bem, e conseguia marcar sim, como se fosse os “Gangters” do filme Laranja Mecânica, parecia que roubava,e massacrava com uma surra os outros adversários. Ao tempo que eles perdiam a bola no ataque, a defesa não recuava, o meio presionava, o ataque também marcava e assim rapidamente eles recuperavam a posse de bola e aumentaram o escaute de Roubadas de bolas deles. Foi assim grande parte da partida. A imagem abaixo mostra como Suurbier literalmente "subiu" ao ataque e ajudou a criar inumeras jogadas.
Cruyff, este merece esse estrofe a parte. Era o Meio Central, Meio Lateral a esquerda e direita, Meio Avante, Centro Avante e fazia as duas Pontas de Ataque, ao tempo que voltava para a defesa alguém ficava ao seu lado sempre para concluir o raciocínio de bola dele, foi assim que nasceu o primeiro gol e o segundo. Ele buscava o jogo sempre, nunca ficava parado em uma área tática especifica, desarmou muitas bolas e muitas jogadas Uruguaias e ainda finalizou varias vezes erroneamente, as finalizações erradas deste time e a falta de um “Van Basten” eram evidentes, pois este era o único problema, Rep fazia a sua parte muito bem assim como Rensenbrink, mas ainda assim faltava o homem da bola do gol, porem conseguiam os objetivos, mesmo que o excesso de erros na finalização não importasse, pois o time jogava muito bem e tinha o jogo sobre controle. As tabelas e movimentação do time Nederlandes no ataque, deixaram o time uruguaio batendo cabeça, creio que até hoje estão assim. A movimentação de Suurbier ao lado de Cruyff e Rep foi crucial na partida, assim como o revezamento de lados entre Rep... e Rensenbrink, que se reteu muito na esquerda e apareceu pouco.
SOBRE O URUGUAI...
Krol, Haan e Jansen assustaram a defesa uruguaia que não saia do campo que defendia, os uruguaios ficam a mercê do meio Nederlandes, que lhe rendeu uma expulsão e alguns cartões e faltas bruscas, pois o Uruguai não fazia absolutamente nada, o meio não produzia e perdia a bola com uma facilidade muito grande, não sabiam marcar e eram retidos ao posicionamento tático imposto por Roberto Porta, que a inicio usou estes esquemas táticos:
4 – 4 – 2
4 – 3 – 1 – 2
4 – 5 – 1.
Segue imagem do que seria o esquema tatico Uruguaio que na verdade quase que não surtiu efeito.
Só a posição tática Nederlandesa já era uma confusão para os Uruguaios, ainda com marcadores excelentes na meia e defesa Nederlandesa, deixou o Uruguai sem condições e jogar de igual para igual.
Pavoni tentou em seu lado, mas Suurbier e Rep eram incansáveis. Aconteceu o mesmo com Forlán, que não subiu ao ataque sequer 1 vez. Morena não apareceu na partida, assim como Millar que entrou no lugar de Cubilla. A imagem abaixo mostra a tentativa de Cubilla em ocupar o espaço de Suurbier.
Desculpem os erros ortograficos, estou cansado e nenhum pouco disposto a editar o texto.
ResponderExcluirAmigo, obrigado pela citação.
ResponderExcluire espero vc em 16 de março, na Saraiva, do Shopping Eldorado, em SP, para o lançamento de AS MAIORES SELEÇOES ESTRANGEIRAS DE TODOS OS TEMPOS, meu novo livro.
evidentemente, teremos um capítulo inteiro sobre a Laranja Mecânica.
se nao puder ir,o livro está à venda pela internet, e nas melhores livarias.
abs, Mauro Beting
Obrigado pela citação. Abraços e continue com o bom trabalho. Abraços, Marcelo Costa.
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