
Bulgária entrava em campo com bons jogadores e um esquema tático mais ofensivo do que o habitual, pois precisava desesperadamente do resultado para se garantir na Segunda fase de Grupos. O mais ofensivo daquela época eram 3 atacantes recebendo bola de 3 meias e resguardados de 2 zagueiros e 2 laterais, foi assim que a Bulgária entrou em campo, tentando a todo custo furar o bloqueio defensivo e a marcação impecavel do balé formado por Rinus Michals que voce pode tentar visualizar como era mais ou menos naquela época.
O problema (se é que era um problema de verdade) era que a Nederland não tinha uma disposição tática defina em campo, pois o apoio de alas, wingers, e atacantes era constante e a inversão de jogadas era quase sempre uma principal arma do time que se armava em um esquema no campo do adversário com marcação sob pressão e individual em qualquer jogador adversário que estivesse com a bola. Era praticamente impossivel prever um futuro bom para a Bulgária naquela Copa do Mundo e nenhum bom jogador bulgaro comparado ao pior homem em campo que fez o gol contra para a Bulgária conseguiu fazer a diferença. (Krol, voce não nos deve nada...nem mesmo o gol contra)

Não havia boa saida de boa pelo meio bulgaro, a marcação de Rijsbergen e Haan como ambos volantes e liberos de marcação foii descomunal, não havia criatividade a não ser pela falta de inspiração de Ruud Krol que não estava segurando bem o ponta bulgaro Voinov. Van Hanegem ficou encarregado do primeiro combate ao ponta e neutralizou boa parte das jogadas, alem disso apagou a péssima partida que fez contra a Suécia e usou do futebol de que sabe para cadenciar o jogo e dar um aspecto mais dinâmico a partida que teve 5 gols e um destes gols nasceu principalmente de uma roubada de bola dele. Fez boas jogadas e merece muitos aplausos.
Rensenbrink voltava de uma lesão e foi muito pifia sua apresentação, creio que mais por receio de forçar nas jogadas e se lesionar novamente, se movimentou pouco para um jogador de velocidade e inversão que é, o ataque ficou mais uma vez encarregado por Neeskens, Cruyff e Rep, com Jansen esbanjando inspiração ainda. Movimentação muito importante defensivamente e ofensivamente falando de Neeskens e Cruyff. Sem eles praticamente seria impossivel um resultado excelente. E ainda a aula de como bater pênaltis sem perder se quer uma cobrança, Neeskens é muito bom no que faz!
Lógico que a genialidade do apoio lateral de Suurbier tambem empurrou ao ataque Rep, pois Cruyff jogou pouco mais acuado para poupar os jogadores que estavam em campo e que forçaram bastante, como Hanegem saiu para a entrada de Israel para complementar mais a defesa, fazendo de Rijsbergen um volante e Haan vindo mais para o meio no lugar de Hanegem e logo depois Neeskens que sa

Jansen a maquina de marcação no meio, com Neeskens, Cruyff e Rep infernizaram boa parte dos minutos de jogo e não deram sussego aos jogadores defensivos bulgaros que pouco fizeram por serem muito lentos. Os unicos com complicaram a vida da orange de longe foram Voinov o ponta que atormentou Krol, Bonev o meia que tentava cadenciar o jogo e armar para Panov ("ou seja ninguem no ataque") e Denev que fez a jogada para o gol contra de Krol.
Ofensivamente impecavel a Laranja Mecânica pode comemorar as chances aproveitadas, 18 oportunidades de gols que tiveram e fizeram 4. Poderia lógicamente ser melhor se tivesse algum Van Basten no ataque, mas a cronologia do tempo não permite que o façamos isto, os piores da partida ficaram com Panov e Stojanov para o lado bulgaro, ja para o lado neerlandes Krol, Rensenbrink e o discreto Israel poderiam ter dado mais apoio ofensivo e defensivo, mas todos temos dias ruins e quem sabe no próximo jogo as coisas são diferentes!
Jongbloed sempre questionado por seu geito estranho de defender em campo foi bem na partida, jogou bem quando necessario e não havia como impedir o gol contra de Krol, pois a jogada foi muito boa criada nas costas de defese do Suurbier. Lado positivo é que o primeiro gol tomado pela seleção orange daquela época, foi um gol feito por ela mesma. ;)
Cruyff e Neeskens nesta partida mostraram que o poder ofensivo no Futebol Total finalmente foi convertido em numero de gols, lógico que 2 pena

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Agradeço ao grande Mauro Beting por dar grande importância em seu blog a respeito da Orange de 1974, a verdadeira revolução no Futebol! Bom comentarista que é e reconhece que o Futebol de hoje se deve a aqueles jogos do passado que ele relembrou e relembra nas suas colunas do Historia em Jogo. Se não fosse Cruyff, Neeskens e Michals não sei se o futebol de hoje seria tão gostoso de se assistir.
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